POEMA
RIO DE CONTAS
Existe um rio da metade para cima, parece incrível mais é verdade, corta a cidade ao meio, chamado Rio de Contas.
Retornando ao seu leito, fiquei aterrorizado de vê, a degradação total.
Quantos descasos, matando quem nos proporcionou tanta beleza com suas cheias de águas barrentas
Antes dos sessenta, deu vida a Relva, a fauna e flora, com tuas águas cristalinas.
Muitos anos nos permitiu, a pratica do esporte nas competições diversas, nos babas das peladas.
De tua nascente há todo momento chegavam canoas e jangadas, cheias de mercadorias flutuando rio abaixo.
Tu meu Rio de contas, abastecia a cidade com suas águas natural, boa e confiável para o consumo humano.
Quantas alegrias mim deste, ao abri a janela e via em frente de minha casinha, antes de chegar à ponte.
Hoje te vejo neste estado, da vontade de chorar, tento abafar meu planto, porque não posso te salvar.
Voz não se lembra, por está debilitado, doente e contaminado no estado agonizante.
Te fizeste de despejos correndo a céu aberto, teu percurso se vê mato, colchões e sofás, para completar, cobras, insetos e ratos.
Veio o progresso te cortaram as pernas, represarão as suas águas; Á inda existente a salvação desviando os dejetos.
Como filho desta cidade, reconhecendo o quanto você foi útil para nós, falo por você meu Rio de contas.
Senhores administradores do dinheiro público, aqui vai o meu recado.
Quando Deus permite, e o homem tem boa vontade para servi, nada é impossível, tenham certeza disto.
Porque como está da ponte para baixo, nem os animais querem se banhar
Canoas, Jangadas e babas de peladas, nas tuas areias em frente de minha casinha, nunca mais vai existir. Salvem o rio de contas.
Manoel Porto Lima
mportolima@hotmail.com
(71) 8237-1967